O Fadiga e Mardula Sociedade de Advogados venceu a categoria Médio Porte do Prêmio Empresa Mais Digital 2016. A grande inovação da companhia foi criar um sistema em nuvem para acompanhar os processos, o que ajudou a aumentar a produtividade e minimizar a possibilidade de falhas. “A comunicação virtual é mais eficiente, mais segura e não necessita de backup”, comenta Bernardo Buosi, sócio da companhia.
Com sete unidades no país, a empresa tem um histórico de acidentes inusitados. Graças à migração para a nuvem, eles mantiveram inalteradas as informações de clientes após três infortúnios que poderiam ter comprometido todo o trabalho.
O primeiro foi um incêndio na unidade de Campinas. Após uma descarga elétrica, o fogo consumiu a sede da empresa em um sábado. Buosi conta que na segunda-feira o escritório tinha que funcionar, pois trabalham com clientes com demandas frequentes. Com o sistema em nuvem, pouco importa a questão física do trabalho, eles apenas fizeram um rearranjo, e outra unidade assumiu as pendências.
Meses depois, todas as máquinas da unidade de São João da Boa Vista foram furtadas, mas o trabalho não foi afetado, assim como nos dias posteriores ao incêndio. E o último e mais curioso incidente ocorreu em Ribeirão Preto. Os funcionários foram impedidos de entrar no prédio onde fica o escritório da companhia, pois havia uma suspeita de bomba no local.
Como todas as informações estavam na nuvem, recorreram ao escritório de Sorocaba. Só foi preciso explicar em qual pasta estava o processo. “A facilidade de comunicação virtual é questão de sobrevivência. No caso do incêndio, nosso principal cliente ficava em Campinas e segunda-feira eu precisava funcionar. Ou eu atendo ou eu fecho as portas”, relembra o sócio.
Buosi ainda conta que nos dias de hoje trabalham com muitos colaboradores, e que a terceirização já chega a 60% da atividade principal da empresa. “Hoje nós temos 340 profissionais externos e outro escritório maior que o nosso que presta serviço jurídico por contrato”, conta o sócio. Esse recurso ajuda a diminuir os custos fixos e suportar facilmente novos contratos.
“A tecnologia foi se aproximando de nós com processos de automação. Ao longo de seis anos, nós buscamos cada vez mais a expertise em como fazer isso de forma segura. Acreditamos que ainda não chegamos ao ideal e temos muita coisa para melhorar”, diz Buosi sobre o futuro da empresa.