Empresa vence o Prêmio Empresa +Digital pela primeira vez
A pandemia provou que a mobilidade pode fazer parte da realidade da B3, empresa resultado da fusão da BM&F Bovespa com a Cetip, em 2017. Desta forma, a mesa fixa com planta, porta-retrato e um desktop, foi substituída por uma mochila com um notebook, consagrando a prática do trabalho remoto nesta gigante do ramo de infraestrutura do mercado financeiro. Para que o trabalho híbrido pudesse ser implantado com sucesso, a tecnologia e a digitalização tiveram papeis fundamentais.
"Percebemos que a flexibilidade gera nos funcionários uma vontade genuína de estar na B3, por isso instituímos o trabalho híbrido de maneira definitiva. Hoje, nossos funcionários já não precisam estar na empresa todos os dias. Damos liberdade para que as equipes estabeleçam sua rotina de trabalho, mas também reforçamos a importância dos encontros no escritório para que não percam essa vivência, igualmente positiva para fortalecer a cultura da empresa”, explica Eduardo Farias, diretor executivo de governança e gestão integrada.
O investimento em tecnologia e o reforço de profissionais de TI trabalhando em conjunto com os times de negócios e de operações foram peças-chave para que a empresa pudesse se manter focada em oferecer seus serviços com eficiência, transparência e segurança. “Equipamos nossos colaboradores e adaptamos nossas salas de reunião com todas as ferramentas tecnológicas para que estivessem em sintonia com o movimento remoto, dispondo dos equipamentos necessários para que todos, online ou presencial, pudessem participar numa experiência completa. Aceleramos o processo de digitalização para toda a companhia e garantimos que as informações da B3 continuam 100% seguras. Por isso, hoje podemos continuar de forma híbrida”, conta Rodrigo Nardoni, vice-presidente de tecnologia e segurança cibernética.
Programas foram desenvolvidos para facilitar o dia a dia dos funcionários e fluxos foram automatizados. “Disponibilizamos diversos aplicativos para gerenciar e monitorar as atividades dos funcionários e ajudá-los a acompanhar suas metas, tarefas, folha de pagamento entre outras funcionalidades”, acrescenta Rafael Yoshimura, superintendente de pessoas.
A digitalização, implantada para reduzir a quantidade de papeis, também ganhou força com as certificações digitais durante a pandemia. “Criamos o Simplifica, cujo objetivo era encontrar alternativas dentro da atual realidade para oferecer o melhor resultado para o cliente. Fizemos um programa com cerca de 20 iniciativas, que são testadas a cada três meses”, revela Nardoni. "Hoje temos muito mais ideias para agir em todas as áreas da companhia - tecnologia, governança, operações, produtos, pessoas. E algumas dessas iniciativas funcionam tanto para o cliente quanto internamente”, diz Nardoni.
Como complemento ao Simplifica, mas de olho na tecnologia especificamente e nos processos internos, a empresa criou também o Keep IT Simple. "Desafiamos nossos funcionários a trazer ideias para que pudéssemos melhorar e agilizar os processos, tornando-os menos burocráticos. Encurtamos vários processos e economizamos com isso mais de 12 mil horas de trabalho, passando inclusive a oferecer uma experiência mais ágil e flexível para os nossos clientes”, lembra Farias.
IA, blockchain e Quantum Computing
Para avaliar as novas tecnologias, a B3 criou um radar, que chama de mandala. Coloca nela todas as novas tecnologias disponíveis. O objetivo da mandala, segundo Nardoni, é permitir que se avalie a maturidade e a afinidade das novas tecnologias com os negócios da B3. Da mandala, a primeira tecnologia que saiu foi o blockchain, que a empresa já estuda há tempos. A segunda foi Inteligência Artificial (IA) em conjunto com Computação Quântica (Quantum Computing).
Para atender o mercado de criptoativos, a empresa criou a B3 Digital Assets. Os executivos ainda revelaram que a B3 já fez prova de conceito com Quantum Computing. “A tecnologia ainda não está madura, os computadores quânticos ainda são raros, mas estamos perto de saber como essa tecnologia vai evoluir e como vamos poder alavancar nossos negócios à medida que essa tecnologia amadurece”, diz Nardoni.
A adoção de Inteligência Artificial, porém, já é uma realidade na B3, com grande potencial de expansão dos investimentos. "Há dois anos criamos um centro de excelência, dentro da área de inovação, para entendermos, estudarmos, aprendermos e absorvermos esta tecnologia, para que pudéssemos trazê-la para a empresa em todas as suas vertentes e com todas as variantes, como Machine Learning, Deep Learning…”, conta Nardoni. “Começamos um trabalho para entender quais problemas podemos e devemos resolver com IA.”
Outro setor amplamente beneficiado pela IA, segundo os executivos, é o hub de educação financeira disponível para pessoa física no site da empresa. “O indivíduo pode trilhar no portal, a partir das informações do seu perfil, um roteiro de cursos e receber proposições e sugestões que vão completar o seu conhecimento. Essa personalização que a IA permite é um case importante aqui na B3”, diz Nardoni.
Mandacaru.dev
Em parceria com a Universidade Federal do Ceará, a B3 lançou o mandacaru.dev, um programa de capacitação imersiva em tecnologias inovadoras. O objetivo é lapidar talentos do sertão do Ceará e apresentar oportunidades de trabalho remoto no mercado financeiro nacional. O programa começou com três módulos extracurricular: data Science, Machine Learning e desenvolvimento Java. "Já contratamos estudantes que participaram do curso e eles trabalham remotamente”, conta Farias. Focada em trabalhar a inclusão, além da diversidade, a empresa já pensa em levar o projeto para outras regiões do Brasil.
Área de negócios: Mercado Financeiro
Número de funcionários: xxxxx
Sede: Centro de São Paulo - SP
Site: https://www.b3.com.br
• Já tinham um programa de trabalho remoto com os executivos, 2 dias remoto e 3 dias presenciais) então foi fácil se adaptarem ao lockdown. Mesmo assim criaram um comitê;
• Criaram um projeto de automatização que na área de TI já economizou 12 mil horas de trabalho, além de acelerar os demais processos da cia dependentes desses processos;
• Criação de projetos como Simplifica e Keep IT Simple;
• Criação de um laboratório para estudar novas tecnologias como a computação quântica, que já viram que pode gerar problemas de segurança, mas também oportunidades de cruzar mais informações para melhorar a tomada de decisão;
• Lançaram a B3 Digital Assets com a missão de atender o mercado de cripto ativos, seja em custodia ou trading (já ofereciam ETFs que permitem investimento em criptomoedas como Bitcoin e Ethereum) e também vão lançar futuros de Bitcoin;
• Usam IA (inteligência artificial) em projetos internos e externos como o hub de Educação e Análises Imobiliárias;